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Blog da Arco Informática

22 de Agosto de 2018 - 15h04

Especialistas explicam como conquistar investimentos no e-commerce

Segundo Eric Acher, co-fundador da Monashess, o e-commerce ainda é uma novidade no Brasil, principalmente pelo país ter alcançado uma relativa maturidade no setor nos últimos anos.

reprodução.
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Segundo Eric Acher, co-fundador da Monashess, o e-commerce ainda é uma novidade no Brasil, principalmente pelo país ter alcançado uma relativa maturidade no setor nos últimos anos: “apesar de já estarmos fazendo isso há 12 anos, é um mundo novo”. Ele baseou seu argumento no “momento especial do e-commerce” brasileiro diante de investimentos durante um debate no auditório de Gestão do Fórum E-Commerce Brasil 2018. De acordo com ele, o e-commerce hoje não é mais restrito aos países mais desenvolvidos e abre oportunidades de mudanças econômicas em países emergentes.

Neste contexto, José Rogério Luiz, sócio da ITU Partners, argumenta que os e-commerces brasileiros precisam se organizar de acordo com suas próprias oportunidades e limitações, justamente pelo país ser “um pouco diferente dos outros lugares e com um bom nível de criatividade”. “Parabéns aos empreendedores, vocês são heróis, pois empreender no Brasil não é fácil”, completa Erich Acher.

Para José Rogério, os investidores procuram no atual cenário do mercado eletrônico três principais fatores para investir nos e-commerces em ascensão: retorno excepcional, empreendimento diferenciado e um negócio com fundamento. Segundo ele, o fato de encontrarem tais características comprova que o mercado está em um ponto positivo de desenvolvimento.

O sócio da ITU Partner acredita que a lentidão desse desenvolvimento em território nacional se deveu em grande parte pelo Brasil ter importado o modelo norte-americano de financiamento neste setor. No Brasil, os custos são “excessivamente altos” no começo da vida de um e-commerce, o que torna o modelo inviável por anular os lucros do negócio. Aqui, é preciso pagar fornecedores com antecedência, muitas lojas optam por subsidiar o frete para atrair clientes e é possível parcelar as compras, diminuindo a receita imediata da loja.

Já nos Estados Unidos, os fornecedores são pagos depois de 3 meses e os produtos são pagos à vista, o que gera maior fluxo de caixa. Segundo José Rogério, o mercado nacional precisa de seus modelos próprios para prosperar, “a chance desse modelo ser bem sucedido a longo prazo é muito pequena”. Além disso, entre 2013 e 2017 houve uma retração nos investimentos no mercado eletrônico e “no Brasil foi mais dramático”, explica o executivo, “dinheiro não faltou, mas o modelo implementado não leva a longevidade”.

Eric Acher defende que para criar um e-commerce de longevidade é preciso ter capital. Segundo ele, antes do momento atual de desenvolvimento, somente casos isolados de lojas virtuais que realmente se destacaram no cenário nacional. Esta dinâmica foi responsável por atrasar também o desenvolvimento dos investidores no setor nacional.

Para o co-fundador da Monashees, dois elementos principais são responsáveis pela atração de investimentos atualmente: ter um negócio sustentável e apresentar diferencial competitivo. Ele ressalta que para alcançar esses fatores o negócio precisa organizar antes estruturas básicas, como time bem estruturado, visão da empresa e entender o momento certo de investir.

Negócio Sustentável
De acordo com Eric Acher, para investir, é preciso buscar modelos de negócios eficientes em provar sua capacidade funcional. Ou seja, que conseguem apresentar o potencial de giro de capital. O especialista explica que não é necessário ter efetivamente altos lucros para isso, o que requer investimentos prévios, mas sim ter algum posicionamento de vendas no mercado.

Diferencial Competitivo
O executivo defende que “diante dos grandes players e marketplaces, é preciso ter elementos de destaque para não entrar na comoditização”. Algumas das maneiras de demonstrar diferencial competitivo para atrair investimentos é apostar uma marca própria (mais caro para o lojista, mas com grande valorização do produto), recorrência através da lealdade do cliente e em tecnologias que aumentem a funcionalidade do negócio.

Ele defende ainda que usar preços como estratégia não é um diferencial no mercado brasileiro. Estratégias, segundo Erich Acher, é um elemento de distinção genérico e pode inclusive gerar prejuízos quando não é bem utilizado.

José Rogério conclui que é preciso também haver diferenciações entre o varejo físico e o online, mesmo quando integrados. Para ele, “o futuro do varejo passa pelo e-commerce” e que é preciso ajustar os modelos de atuação para ter sucesso nos próximos anos.

fonte: E-commerce Brasil
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